Umas Diferençazinhas entre o antes e o depois do 25 de Abril – Estudo de Caso e Reflexões de um Empresário Português
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Umas Diferençazinhas entre o antes e o depois do 25 de Abril – Estudo de Caso e Reflexões de um Empresário Português
UMAS DIFERENÇAZINHAS ENTRE O ANTES E O DEPOIS DO 25 DE ABRIL
ANTES: – Não havia liberdade para dizer mal do governo.
DEPOIS: – Foi dada essa liberdade. Mas a quem serve?
ANTES: – Não havia direito à greve. Mas havia uma defesa rigorosa dos direitos do trabalhador, com uma fiscalização activa, que incidia sobre as condições de trabalho, classificação, remuneração, horário e idade.
DEPOIS: – Foi dado esse direito. Mas quem é que tem tirado partido da greve?
ANTES: – Qualquer trabalhador podia construir casa através de empréstimo da caixa de previdência, bastando para isso, que tivesse terreno. O montante do empréstimo era amortizado em suaves prestações, diluídas no tempo.
DEPOIS: – Acabou esta facilidade.
ANTES: – Havia um país unido, solidário e pacífico.
DEPOIS: – Tivemos um país desunido (com desavenças entre amigos e familiares, incluindo pais e filhos), sem solidariedade e aterrorizado, onde o poder constituído prendia pessoas de bem e tomava à força empresas e propriedades, em nome do socialismo.
ANTES: – Havia um país com ordem, com respeito e sem criminalidade.
DEPOIS: – É o que se sabe: Sem ordem, sem respeito e onde o crime se vulgarizou e o criminoso é protegido e bem tratado. Isto, segundo se diz, em defesa dos direitos humanos. Até parece que os direitos humanos são só para os criminosos e não para o povo.
ANTES: – Só iam para o governo as pessoas mais competentes. Eram governantes responsáveis pelos bens e dinheiro públicos. O país era bem governado e a despesa pública era mínima. Não havia excesso de funcionários públicos e os ordenados eram baixos, não superiores aos dos privados. Não havia viagens frequentes dos políticos, não havia dinheiro público mal gasto.
Assim, havia confiança, os impostos eram pequenos e o máximo de capital era encaminhado para o investimento.
DEPOIS: – É o que se sabe… A despesa pública é um “monstro” insustentável e não há impostos que cheguem. Coitado do povo!
ANTES: – Não havia incêndios florestais.
DEPOIS: – É o que se sabe…, uma calamidade.
ANTES: – Tínhamos uma economia forte e saudável, com um crescimento sustentado dos maiores do mundo, senão o maior. Os trabalhadores aumentavam o seu poder de compra mais de 20% ao ano. E não havia desempregados.
DEPOIS: – Foi desbaratada a economia, aniquilado o crescimento e o desemprego aumenta progressivamente. O país caminha, assim, para a penúria.
ANTES: – As pessoas poupavam e amealhavam.
DEPOIS: – As pessoas gastam tudo e endividam-se.
————-//————-
Comparando PASSADO com PRESENTE
O SALÁRIO DOS TRABALHADORES PRIVADOS ANTES E PÓS-25 DE ABRIL
PEQUENA EMPRESA
Inflação:
Até 1974 – Diminuta.
De 1974 a 1995 – Aumento superior a 25 vezes. Há um disparo desordenado da inflação.
De 1974 a 2005 – Aumento superior a 30 vezes (Exemplo: – Apartamento e automóvel aumentaram mais de 50 vezes; gás e electricidade – cerca de 40 vezes; pão, carne, peixe, bacalhau e massa – cerca de 30 vezes; arroz e açúcar – cerca de 25 vezes; iogurte – cerca de 35 vezes; sandes, pastéis e café – cerca de 100 vezes).
Conclusão:
Antes do 25 de Abril, por cada período de 5 anos, os trabalhadores duplicavam o seu salário e aproximadamente o seu poder de compra. Este aumento verificou-se no período de 1970 a 1974, apenas 4 anos, querendo dizer que estávamos, então, no período mais alto de crescimento.
De 1960 a 1974 – 14 anos – os trabalhadores aumentaram aproximadamente 7 vezes o seu salário, a que corresponde um aumento pelo menos de 5 vezes o seu poder de compra. É impressionante! Mas é verdade, facilmente comprovável.
Quer queiramos, quer não, era o crescimento que tínhamos em Portugal, talvez o maior do mundo, que permitia uma aproximação rápida aos maiores níveis da Europa, então no auge das convulsões sociais, logo que chegou o desafogo do pós-guerra.
E não havia desemprego, nem mesmo para os deficientes. Uma parte da mão de obra era absorvida pela agricultura, pescas e turismo, sectores, infelizmente, estrangulados após o 25 de Abril. A outra parte não chegava para o comércio e indústria. O pessoal que se ia deslocando das zonas serranas e terras mais interiorizadas era insuficiente para as necessidades. Pelo menos, assim acontecia na zona centro, a que pertence a empresa referenciada.
Foi esta situação que o 25 de Abril veio inverter, como adiante se verá. Mas se quisermos parar um momento para pensar…, o que é que se podia esperar de pessoas há tanto tempo exiladas ou na cadeia, que não podiam viver livres no país, dentro do regime existente? Eram pessoas capazes de pisar a bandeira nacional, cheias de ódio ao país e a tudo o que era produto do regime que não os tolerava. Eram, por isso mesmo, pessoas com uma profunda sede de vingança.
Pensando bem, até acabamos por não estranhar o mal que fizeram a este país. Um país até então crescente, pacífico, social e solidário. Um país governado por gente competente e de bem, que não explorava o povo e que tinha responsabilidade pela coisa pública. Um país onde dava prazer e alegria viver.
Após o 25 de Abril de 1974, os trabalhadores privados perderam o ritmo de crescimento, não conservaram sequer o que ganhavam, em termos reais, e perderam poder de compra. Para que conservassem o mesmo poder de compra, era preciso que o salário de 1974 tivesse aumentado pelo menos 25 vezes em 1995 e pelo menos 30 vezes em 2005, o que não aconteceu. Exemplo no quadro:
Em 1974 um trabalhador precisava de 11 meses de salário para comprar um automóvel.
Em 2005 este trabalhador precisava de 22 meses de salário para comprar um automóvel equivalente.
Depois de 1974, saciada que foi a sede de vingança, com a destruição generalizada da estrutura industrial e comercial, dos fundos públicos, dos bons costumes e propósitos, e de outros valores nacionais, cria-se uma despesa pública escandalosa, imoral e incomportável, que está a asfixiar o país e a arrastá-lo para uma situação desesperada, cujas consequências não serão certamente boas.
Portugalesoterico.org
ANTES: – Não havia liberdade para dizer mal do governo.
DEPOIS: – Foi dada essa liberdade. Mas a quem serve?
ANTES: – Não havia direito à greve. Mas havia uma defesa rigorosa dos direitos do trabalhador, com uma fiscalização activa, que incidia sobre as condições de trabalho, classificação, remuneração, horário e idade.
DEPOIS: – Foi dado esse direito. Mas quem é que tem tirado partido da greve?
ANTES: – Qualquer trabalhador podia construir casa através de empréstimo da caixa de previdência, bastando para isso, que tivesse terreno. O montante do empréstimo era amortizado em suaves prestações, diluídas no tempo.
DEPOIS: – Acabou esta facilidade.
ANTES: – Havia um país unido, solidário e pacífico.
DEPOIS: – Tivemos um país desunido (com desavenças entre amigos e familiares, incluindo pais e filhos), sem solidariedade e aterrorizado, onde o poder constituído prendia pessoas de bem e tomava à força empresas e propriedades, em nome do socialismo.
ANTES: – Havia um país com ordem, com respeito e sem criminalidade.
DEPOIS: – É o que se sabe: Sem ordem, sem respeito e onde o crime se vulgarizou e o criminoso é protegido e bem tratado. Isto, segundo se diz, em defesa dos direitos humanos. Até parece que os direitos humanos são só para os criminosos e não para o povo.
ANTES: – Só iam para o governo as pessoas mais competentes. Eram governantes responsáveis pelos bens e dinheiro públicos. O país era bem governado e a despesa pública era mínima. Não havia excesso de funcionários públicos e os ordenados eram baixos, não superiores aos dos privados. Não havia viagens frequentes dos políticos, não havia dinheiro público mal gasto.
Assim, havia confiança, os impostos eram pequenos e o máximo de capital era encaminhado para o investimento.
DEPOIS: – É o que se sabe… A despesa pública é um “monstro” insustentável e não há impostos que cheguem. Coitado do povo!
ANTES: – Não havia incêndios florestais.
DEPOIS: – É o que se sabe…, uma calamidade.
ANTES: – Tínhamos uma economia forte e saudável, com um crescimento sustentado dos maiores do mundo, senão o maior. Os trabalhadores aumentavam o seu poder de compra mais de 20% ao ano. E não havia desempregados.
DEPOIS: – Foi desbaratada a economia, aniquilado o crescimento e o desemprego aumenta progressivamente. O país caminha, assim, para a penúria.
ANTES: – As pessoas poupavam e amealhavam.
DEPOIS: – As pessoas gastam tudo e endividam-se.
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Comparando PASSADO com PRESENTE
O SALÁRIO DOS TRABALHADORES PRIVADOS ANTES E PÓS-25 DE ABRIL
PEQUENA EMPRESA
Inflação:
Até 1974 – Diminuta.
De 1974 a 1995 – Aumento superior a 25 vezes. Há um disparo desordenado da inflação.
De 1974 a 2005 – Aumento superior a 30 vezes (Exemplo: – Apartamento e automóvel aumentaram mais de 50 vezes; gás e electricidade – cerca de 40 vezes; pão, carne, peixe, bacalhau e massa – cerca de 30 vezes; arroz e açúcar – cerca de 25 vezes; iogurte – cerca de 35 vezes; sandes, pastéis e café – cerca de 100 vezes).
Conclusão:
Antes do 25 de Abril, por cada período de 5 anos, os trabalhadores duplicavam o seu salário e aproximadamente o seu poder de compra. Este aumento verificou-se no período de 1970 a 1974, apenas 4 anos, querendo dizer que estávamos, então, no período mais alto de crescimento.
De 1960 a 1974 – 14 anos – os trabalhadores aumentaram aproximadamente 7 vezes o seu salário, a que corresponde um aumento pelo menos de 5 vezes o seu poder de compra. É impressionante! Mas é verdade, facilmente comprovável.
Quer queiramos, quer não, era o crescimento que tínhamos em Portugal, talvez o maior do mundo, que permitia uma aproximação rápida aos maiores níveis da Europa, então no auge das convulsões sociais, logo que chegou o desafogo do pós-guerra.
E não havia desemprego, nem mesmo para os deficientes. Uma parte da mão de obra era absorvida pela agricultura, pescas e turismo, sectores, infelizmente, estrangulados após o 25 de Abril. A outra parte não chegava para o comércio e indústria. O pessoal que se ia deslocando das zonas serranas e terras mais interiorizadas era insuficiente para as necessidades. Pelo menos, assim acontecia na zona centro, a que pertence a empresa referenciada.
Foi esta situação que o 25 de Abril veio inverter, como adiante se verá. Mas se quisermos parar um momento para pensar…, o que é que se podia esperar de pessoas há tanto tempo exiladas ou na cadeia, que não podiam viver livres no país, dentro do regime existente? Eram pessoas capazes de pisar a bandeira nacional, cheias de ódio ao país e a tudo o que era produto do regime que não os tolerava. Eram, por isso mesmo, pessoas com uma profunda sede de vingança.
Pensando bem, até acabamos por não estranhar o mal que fizeram a este país. Um país até então crescente, pacífico, social e solidário. Um país governado por gente competente e de bem, que não explorava o povo e que tinha responsabilidade pela coisa pública. Um país onde dava prazer e alegria viver.
Após o 25 de Abril de 1974, os trabalhadores privados perderam o ritmo de crescimento, não conservaram sequer o que ganhavam, em termos reais, e perderam poder de compra. Para que conservassem o mesmo poder de compra, era preciso que o salário de 1974 tivesse aumentado pelo menos 25 vezes em 1995 e pelo menos 30 vezes em 2005, o que não aconteceu. Exemplo no quadro:
Em 1974 um trabalhador precisava de 11 meses de salário para comprar um automóvel.
Em 2005 este trabalhador precisava de 22 meses de salário para comprar um automóvel equivalente.
Depois de 1974, saciada que foi a sede de vingança, com a destruição generalizada da estrutura industrial e comercial, dos fundos públicos, dos bons costumes e propósitos, e de outros valores nacionais, cria-se uma despesa pública escandalosa, imoral e incomportável, que está a asfixiar o país e a arrastá-lo para uma situação desesperada, cujas consequências não serão certamente boas.
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Última edição por Raquel Machado em Sex Mar 01, 2019 9:41 am, editado 1 vez(es)
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Re: Umas Diferençazinhas entre o antes e o depois do 25 de Abril – Estudo de Caso e Reflexões de um Empresário Português
Tudo certo...
Excepto...talvez....o "antes nao se podia dizer mal do governo".
Um dia apresento-vos meu pai e avós e ouvirao dizer na primeira pessoa que sempre puderam dizer tudo sem problemas.
Excepto...talvez....o "antes nao se podia dizer mal do governo".
Um dia apresento-vos meu pai e avós e ouvirao dizer na primeira pessoa que sempre puderam dizer tudo sem problemas.
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