Nacionalismo e Patriotismo: Breves clarificações ontológicas

[Nota prévia: parte de artigo publicado. Para ter acesso às referências bibliográficas, pf. contacte o autor. Obrigado]

Alguns aforismos importantes:

1. Falar em Nacionalismo e em Patriotismo não é falar em uma e na mesma coisa; eles eventualmente completam-se.
2. Podemos dizer que não existe Nacionalismo sem Patriotismo, mas pode-se ser patriota sem se ser nacionalista.
3. Não existe nacionalismo sem nações, e não existem nações sem pátrias, pelo que sendo-se nacionalista terá que se ser, obrigatoriamente, patriota.
4. O patriotismo representa, somente, uma admiração, uma manifestação de amor se quisermos, pelos símbolos do Estado como a bandeira, o hino, os seus representantes, seja ao nível político ou artístico, etc.
5. O patriotismo é, portanto, uma atitude passiva, de contemplação por algo que lhe desperta sentimentos de pertença e de integração.
6. Por sua vez, o Nacionalismo, além de ter em consideração os símbolos e figuras fundamentais da Nação, não se fica por ai. A doutrina Nacionalista visa atitudes de carácter mais activo, como a defesa dos interesses da nação antes de todos os outros, a sua defesa contra tentativas de destruição, seja ela física ou de património linguístico-cultural, bem como da preservação de todas as características enquanto entidade, ou seja, língua, costumes, tradições, e todos os outros factores que, por a diferenciarem das outras e retratarem o seu passado, a tornam tão importante.

Sem, pelo menos, defender estes tópicos, ninguém se pode afirmar Nacionalista. O Nacionalismo não se esgota aqui, bem entendido, mas estas são as condições sine qua non para alguém se auto-categorizar como tal. Resumidamente, qualquer um se pode dizer "patriota", mas daí até se ser Nacionalista vai um grande salto de crença.
Cumprimentos.