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Castelo de Aumourol e sua história .

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Mensagem por Barão Vermelho Seg Fev 04, 2019 2:33 pm

Início da construção:1171
Restauro:século XIX (alterações significativas) Proprietário inicial: Ordem dos Templários
Função inicial: Militar 
Proprietário atual: Estado Português
Função atual:Cultural Património Nacional
Classificação: Monumento Nacional
Data: 1910
País: Portugal
Coordenadas39° 28' N 0° O

O Castelo de Almourol localiza-se na freguesia de Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha, distrito de Santarém, região do Centro (Região das Beiras), em Portugal, embora a sua localização seja frequentemente atribuída a Tancos, visto ser a vila de onde se vislumbra melhor.

Erguido num afloramento de granito a 18 m acima do nível das águas, numa pequena ilhade 310 m de comprimento por 75 m de largura, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, actual Região de Turismo dos Templários. Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Com a extinção da Ordem do Templo o castelo de Almourol passa a integrar o património da Ordem de Cristo (que foi a sucessora em Portugal da Ordem dos Templários).

Antecedentes e toponímiaEditar

Embora os autores não sejam unânimes acerca da primitiva ocupação humana deste sítio, acreditando-se que remonte um castropré-histórico, a pesquisa arqueológica trouxe à luz testemunhos do período romano(moedas do século I a.C.) e do período medieval (medalhas). Alguns autores, ainda, identificam em alguns trechos na base das muralhas, exemplos do aparelho construtivo de tipo romano.

A partir do século III, o sítio foi ocupado por outros grupos, nomeadamente os Alanos, os Visigodos e os Muçulmanos, estes últimos a partir do século VIII. No século XIII, a fortificação já existia, por eles denominada como Al-morolan (pedra alta).

Não se pode precisar a origem do seu nome, assim como se torna difícil clarificar o significado e a própria grafia do qual são conhecidas variações: Almoriol, Almorol, Almourel, Almuriel. Outros autores estabelecem ligação com o termo Moron, que Estrabão teria referido como cidade situada à beira Tejo, ou com o termo Muriella, que consta da descrição da delimitação do Bispado de Egitânia e Corretânea.

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, quando esta região foi ocupada por forças portuguesas, Almourol foi conquistado em 1129 por D. Afonso Henriques (1112-1185). O soberano entregou-o aos cavaleiros da Ordem dos Templários, então encarregados do povoamento do território entre o rio Mondego e o Tejo, e da defesa da então capital de Portugal, Coimbra.
Nesta fase, o castelo foi reedificado, tendo adquirido, em linhas gerais, as suas atuais feições, características da arquitectura templária: espaços de planta quadrangular, muralhas elevadas, reforçadas por torresadossadas, Tinham 9 torres e uma mais alta e na janela virada a nascente tem uma cruz dos templarios. Dominadas por uma torre de menagem. Uma placa epigráfica, colocada sobre o portão principal, dá conta que as suas obras foram concluídas em 1171, dois anos após a conclusão do Castelo de Tomar, edificado por determinação de Gualdim Pais, filho de Paio Ramires. As mesmas características arquitectônicas estão presentes também no Castelo de Idanha, no de Monsanto, no de Pombal, no de Tomar e no de Zêzere, seus contemporâneos.

Sob os cuidados da Ordem, constituído em sede de uma Comenda, o castelo tornou-se um ponto nevrálgico da zona do Tejo, controlando o comércio de azeite, trigo, carne de porco, frutas e madeira entre as diferentes regiões do território e Lisboa. Acredita-se ainda que teria existido uma povoação associada ao castelo, em uma ou em ambas as margens do rio, uma vez que, em 1170, foi concedido foral aos seus moradores.

Com o avanço da reconquista para o sul e a extinção da Ordem dos Templários em 1311pelo papa Clemente V durante o reinado de D. Dinis (1279-1325), a estrutura passou para a Ordem de Cristo, vindo posteriormente a perder importância, tendo sofrido diversas alterações.

Do século XVIII aos nossos dias .
Vítima do terramoto de 1755, a estrutura foi danificada, vindo a sofrer mais alterações durante o romantismo do século XIX. Nessa fase, e obedecendo à filosofia então corrente de valorizar as obras do passado à luz de uma visão ideal poética, o castelo foi alvo de adulterações de índole decorativa, incluindo o coroamento uniforme das muralhas por ameias e merlões.

O castelo foi entregue ao Exército portuguêsna segunda metade do século XIX, sob a responsabilidade do comandante da Escola Prática de Engenharia de Tancos, a que está afecto até aos nossos dias.

No século XX foi classificado como Monumento Nacional de Portugal por Decreto de 16 de Junho de 1910. À época do Estado Novo português o conjunto foi adaptado para Residência Oficial da República Portuguesa, aqui tendo lugar alguns importantes eventos oficiais. Para esse fim, novas intervenções foram promovidas nas décadas de 1940 e de 1950 reforçando aspectos de uma ideologia de nacionalidade cultivada pelo regime à época.

No início de Junho de 2006 foram inaugurados dois novos cais para embarcações turísticas: um na margem direita do rio Tejo e outro na zona Sul da ilha.

Em setembro de 2013, iniciaram-se os trabalhos de beneficiação das muralhas e intervenção na torre de menagem do Castelo de Almourol para criar um espaço museológico.

As obras, que se prolongarão por seis meses e implicam um investimento na ordem dos 500 mil euros, incidirão em diversas zonas de desagregação dos panos da muralha e das torres, com a sua impermeabilização, drenagem das águas e beneficiação das muralhas.

A intervenção na torre de menagem incidirá na substituição do actual terraço, na colocação de uma escada metálica de circulação vertical e na instalação de um sistema expositivo de conteúdos referentes aos Templários, visando preservar e proteger o monumento e possibilitando-lhe melhores condições de acessibilidade e circulação[1].

Actualmente é possível visitar o Castelo de Almourol e realizar passeios no rio Tejo, acrescentando valor e interesse as visitas do Monumento. Desde Tancos, Arripiado e Vila Nova da Barquinha.

Características.

A construção, em cantaria de granito e alvenaria argamassada, é de planta irregular (orgânica), reflexo da irregularidade do terreno, e apresenta uma divisão demarcada em dois níveis, um exterior inferior e outro interior mais elevado.

O primeiro nível acede-se através da entrada principal onde se encontram lápides que fazem referência à intervenção de Gualdim Pais e onde são mencionados o nome do obreiro e o ano em que a intervenção tomou lugar. Neste espaço as muralhas apresentam nove altas torres circulares (quatro eqüidistantes a oeste, e cinco a leste) encontrando-se aqui também a porta da traição e vestígios do que terá sido um poço.Subindo alguns degraus e atravessando outra porta entra-se no segundo nível, a zona interior mais elevada onde se ergue a torre de Menagem quadrangular, elemento característico dos templários, erguida no século XII. Esta estrutura de três pisos apresenta já só as sapatas como elemento original (onde se apoiaria o vigamento de madeira) e uma cruz patesca acima da janela, símbolo adoptado pelos templários. Aqui os panos de muralhas coroadas por merlões e seteiras apresentam escadarias que fazem o acesso ao topo da muralha e ao caminho que o percorre, o adarve. A comunicação entre as diversas partes do castelo pode ser feita através de várias passagens de cantaria.

Pelo ilhote, outros caminhos foram construídos, permitindo não só o percurso pela vereda que abraça o castelo, como também a possibilidade de vislumbrar de várias perspectivas a paisagem envolvente.

A questão epigráficaEditar

Sobre a porta principal do castelo, uma inscrição epigráfica datada da era de 1209 (1171), menciona, além da naturalidade bracarense de Gualdim Pais e da sua ação militar contra os muçulmanos no Egito e na Síria, a sua ascensão à chefia da Ordem do Templo em Portugal e subseqüente construção dos castelos de Pombal, Tomar, Zêzere, Cardiga e Almourol (…factus domus Templi Portugalis procurator, hoc construxit castrum Palumbare, Tomar, Ozezar, Cardig, et hoc ad Almourol), evidenciando que, naquele ano, o castelo de Almourol se achava, como os demais indicados, já construído. Entretanto, uma segunda inscrição, sobre a porta interior, informa ter sido na era de 1209 que Gualdim Pais edificou o Castelo de Almourol. Uma terceira inscrição, sobre a porta da sacristia da igreja do Convento de Tomar, igualmente datada da era de 1209, semelhante à primeira, exceto na enumeração dos castelos, que compreende também os de Idanha e Monsanto, o que evidencia ser esta terceira posterior à primeira, de vez que estes dois últimos castelos são de edificação posterior a 1171.
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Mensagem por Tex Seg Fev 04, 2019 2:53 pm

É brutal!!!
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Mensagem por RTCFS24 Seg Fev 04, 2019 3:20 pm

Passei lá muita vez quando ia para Santa Margarida.

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Mensagem por Barão Vermelho Seg Fev 04, 2019 6:11 pm

HTex escreveu:É brutal!!!
É uma das 7 maravilhas de Portugal 👌

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