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O ideal feminino do Estado Novo

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Mensagem por Raquel Machado Sex Mar 01, 2019 9:59 am

Antes do 25 de Abril a mulher era tratada como um ser inferior ao homem. Elas governavam a casa, eles, mandavam no mundo. Os direitos eram tão limitados que só era possível sair do país com autorização do marido. O modelo educava o país de Salazar.
Ser o outro sexo, estar em segundo plano, ou mesmo em terceiro, ter um papel definido pelo dominador, obedecer sempre e deixar-se violentar sempre. A cartilha é longa e passou de mães para filhas, numa herança disciplinada e castradora. Na história das mulheres há desigualdade, discriminação e muita violência. A libertação, a luta pelos mesmos direitos humanos do homem, é dura e longa e, ainda hoje  não chega a todas as casas nem a todas as mentalidades. Muito menos quando existe uma ideologia a alimentar e a fomentar a opressão do machismo. Foi que aconteceu em Portugal, durante 48 anos.

No país do Estado Novo, a mulher existia para ser a mãe extremosa, a esposa dedicada, uma verdadeira fada do lar. Desde pequenina que era treinada para ser assim, submissa ao poder patriacal do pai, do irmão e, mais tarde, do marido. O único futuro que podia ambicionar era o de  fazer um bom casamento que garantisse o sustento da família, que, custasse o que custasse,  tinha de se manter unida, estável e  forte;  uma metáfora do próprio regime. Oliveira Salazar não permitia que a ordem social fosse questionada, todos os assomos de feminismo iam sendo silenciados. Até ao dia que as mentalidades começaram a evoluir. A industrialização levou a mulher para fora de casa mas, a verdade, é que um contrato de trabalho valia menos do que um contrato nupcial.

Na ideologia vigente, os direitos da mulher eram quase nenhuns. Não podia votar. Não podia ser juíza, diplomata, militar ou polícia. Para trabalhar no comércio, sair do país, abrir conta bancária ou tomar contraceptivos, a mulher era obrigada a pedir autorização ao marido. E ganhava quase metade do salário pago aos homens. Estas e outras leis foram rasgadas no 25 de Abril, quando, um ano depois da revolução, os direitos das mulheres ficaram consagrados na Constituição da República.

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É  claro que à 40 e tal anos atrás as mentes eram mais fechadas, é  claro que com o passar dos anos estes pontos de vista viessem a sofrer algumas alterações.
Não quer dizer que fosse preciso passarmos do 8 ao 80, que foi o que realmente aconteceu e em que muitas das nossas crianças não teem pais juntos,não conhecem o significado de "familia" , veem a mãe ou pai a ter diversos parceiros e consideram isso correcto! O comportamento leviano tanto do Homem como da Mulher tem se vindo à  agravar! Não há respeito, e o que interessa é gabarem-se do número de parceiros e do que fizeram com eles/as! Diz-se que nessa altura o povo era limitado, eu acho que o povo é limitado agora com este comportamento errôneo!
Naquela tempo não eram permitidos sequer piropos a uma senhora na rua, quanto mais o que se vê, mãe mata pai psi abusa de filha, avô engravida neta... enfim chegamos a um degredo social de todo o tamanho!
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Mensagem por Billy the Kid Sáb Mar 02, 2019 6:24 pm

Eu já escrevi em outros tópicos o mesmo problema que encontro neste tópico. Não era o "Estado Novo" que diminuía a mulher, da mesma forma que não é a democracia que faz com que as mulheres morram as dezenas todos os anos nas mãos de quem supostamente gosta delas ou pessoas que no passado estiveram com elas e não entendem que quando algo termina, termina mesmo! O maior problema disto tudo esta na mentalidade da maioria dos homens e na insegurança que muitos destes teem... tudo isto aliado a um outro problema enraizado na sociedade portuguesa, o alcoolismo ou consumo de álcool em excesso, porque homem que é homem tem que bebe muito "á homem mesmo...". Seja em que época for o problema é cultural, a única diferença que eu registo, e essa sim mais importante, tem que haver com a influencia da religião católica e o seus valores na sociedade. É inequívoco que no tipo do Estado Novo a "Igreja" tinha muito mais a dizer, a sua influencia no poder politico como na sociedade era tremenda, e ao contrario dos países comunistas (que intencionalmente atacavam as religiões) o Estado Novo aliou-se. Essa pareceria era simbiótica, julgo que o Estado Novo via ou usava a "Igreja" como a parte moral de uma ideologia de todo um estado, e como é mais que ouviu a "Igreja" usava o estado para manter o control da sociedade através de leis que satisfizessem os seus interesses... O problema disto tudo, seja durante o Estado Novo ou a democracia, é que a única coisa constante é a "Igreja", seja a católica apostólica romana ou as Evangélicas ou mesmo todas aquelas que sigam aqueles todos aqueles textos judaicos compilados ao qual os demais chamam de bíblia que de sagrado tem muito pouco... É inadmissível que nos tempos de hoje ainda haja gente a seguir ideias de racismo, machismo, vingança e ódio transvestido de religião...
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