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Afrodite – A Deusa do Amor e da Beleza

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Mensagem por Raquel Machado Dom Mar 03, 2019 3:15 pm

Afrodite (ou Vênus) é uma das divindades mais célebres da antiguidade: era ela quem presidia os prazeres do amor. A respeito de sua origem, como sobre a de muitos outros deuses, os poetas não estão de acordo. Saiba mais sobre a deusa da beleza e do amor.

Surgimento da Deusa
A princípio distinguiram-se duas Afrodite: uma se formara da espuma do mar aquecido pelo sangue de Clo ou Urano, que se lhe misturou, quando Saturno levantou mão sacrílega sobre seu pai.
Acrescenta-se que dessa mistura nasceu a deusa, peno da ilha de Chipre, dentro de uma madrepérola. Diz Homero que ela foi conduzida a essa ilha por Zéfiro, que a entregou entre as mãos das Horas, que se encarregaram de educá-la.

Essa deusa assim concebida seria a verdadeira Afrodite, isto é, nascida na espuma, em grego Afros. Tem-se dado, porém, a essa deusa uma origem menos bizarra, dizendo-se que ela nasceu de Zeus e de Dionéia, filha de Netuno, e por consequência, sua prima-irmã.

A Deusa da Beleza, do Amor e dos Prazeres
Qualquer que seja a origem dada a Afrodite pelos diferentes poetas, e se bem que muitas vezes o mesmo poeta se refere a ela de diversas maneiras, eles têm sempre em vista a mesma Afrodite.

Apresentada ao mesmo tempo celeste e marinha, deusa da beleza, do amor e dos prazeres, mãe dos Amores, das Graças, dos Jogos e dos Risos: é à mesma Afrodite que atribuem todas as fábulas sobre essa divindade.

Zeus deu-a a Vulcano como esposa; as suas escandalosas galanterias com Marte fizeram a hilaridade dos deuses.
Lendas de Afrodite: A Deusa do Amor e da Beleza
Ela amou apaixonadamente a Adónis, foi mãe de Eros ou Cupido, ou ainda, o Amor; também o foi do piedoso Enéias, de um grande número de mortais, porque as suas ligações com os habitantes do céu, da terra e do mar, foram incalculáveis, infinitas.

Elevaram-lhe templos na ilha de Chipre, em Fafos, em Amatonte, na ilha de Cítera, etc. Daí os seus nomes de Cipres, Páfla, Citeréia.

Também era chamada Dionéia como sua mãe. Anadómene, isto é, “saindo das águas”, etc. Possuía um cinto onde estavam encerradas as graças, os atrativos, o sorriso sedutor, o falar doce, o suspiro mais persuasivo, o silêncio expressivo e a eloquência dos olhos. Conta-se que Hera (Juno) o pediu emprestado a Afrodite para reanimar a paixão de Zeus e para vencê-lo na causa dos gregos contra os troianos.
Depois de sua aventura com Marte, ela retirou-se, a princípio em Pafos, depois foi esconder-se nos bosques do Cáucaso.

Todos os deuses por muito tempo em vão a procuraram; mas uma velha lhes ensinou o lugar do seu esconderijo, e a deusa castigou-a transformando-a em rochedo.

Nada é mais célebre do que a vitória alcançada por Afrodite, no julgamento de Páris, sobre Hera e Palas, apesar das suas duas rivais terem exigido dela que, antes de comparecer, tiraria o seu temível cinto.

Afrodite testemunhou perpetuamente o seu reconhecimento a Páris, a quem tornou possuidor da bela Helena, e aos troianos, que não cessou de proteger contra os gregos e a própria Hera.

Amores da Deusa
O amor mais constante de Afrodite foi o que experimentou pelo encantador jovem Adônis, filho de Mirfa e de Cinira. Mirfa, sua mãe, fugindo à cólera paterna, refugiara-se na Arábia, onde os deuses a transformaram na árvore que dá a mirra.

Tendo chegado a época do nascimento, a árvore se abriu para dar à luz a criança. Adônis foi recebido pelas ninfas, que o alimentaram nas grutas da vizinhança.
Quando chegou á adolescência, passou-se à Fenícia. Afrodite o viu, amou-o, e para segui-lo na caça nas florestas do monte Líbano, abandonou a sua morada de Cítera, de Amatonte e de Pafos, e desdenhou o amor dos deuses.

Marte, ciumento e indignado dessa preferência dada a um simples mortal, metamorfoseou-se em um furioso javali, atirou-se sobre Adônis, e lhe fez na coxa uma ferida que lhe causou a morte.

Afrodite correra, tarde demais, porém, em socorro do infortunado mancebo. Acabrunhada de dor, tomou nos braços o corpo de Adônis, e depois de o ter longamente chorado, transformou-o em anémona, flor efémera da primavera.

Outros contam que Adônis foi morto por um javali que Ártemis açulou contra ele, para se vingar de Afrodite, que causara a morte de Hipólito. Adônis, ao descer aos infernos, foi ainda amado por Prosérpina.

Afrodite queixou-se disso a Zeus. O senhor dos deuses terminou o debate ordenando que Adônis seria livre quatro meses durante o ano, que esses quatro passaria com Afrodite, e o resto com Prosérpina.

Sob o véu dessa fábula pode-se reconhecer em Adônis a Natureza em suas diversas fases e diferentes aspectos. Na primavera, mostra-se bela e fecunda; no inverno, aparece com o mesmo esplendor e a mesma fecundidade.
Afrodite: Amável e Cruel
Afrodite está longe de ser sempre a deusa amável dos Risos e das Graças. Muito embora seja popularmente conhecida por ser a deusa da beleza e do amor, era muito vingativa e impiedosa. Para punir o Sol (Febo) da indiscrição de haver advertido Vulcano do seu adultério com Marte, tornou-o infeliz em quase todos os amores.

Perseguiu-o mesmo pelas armas, até aos seus descendentes. Vingou-se da ferida que recebera de Diomedes diante de Tróia, inspirando a Egíale, sua mulher, paixões por outros homens.

Castigou, da mesma maneira, a musa Clio, que havia censurado o seu amor por Adónis, a Hipólito que desdenhara os seus atrativos. Enfim, tendo-lhe feito Tíndaro uma estátua com cadeias nos pés, ela o castigou com o impudor das suas filhas, Helena e Clitenestra.

O seu filho Cupido é tão amável e cruel como ela.

Adoração da Deusa Afrodite (Vênus)
No culto de Afrodite, tão espalhado na Grécia c no mundo antigo, misturavam-se quase todas as práticas supersticiosas, as mais inocentes e as mais criminosas, as menos impuras e as mais desregradas.

As homenagens que lhe são rendidas relacionam-se com a diversidade das suas origens e à opinião que a seu respeito tinham tido diferentes povos, em épocas diversas. Esse culto lembrava ao mesmo tempo o das divindades assirianas e caldaicas, da Isis egípcia e da Astarte dos fenícios.

Afrodite presidia aos casamentos, aos nascimentos, mas particularmente à galanteria. Entre as flores a rosa lhe é consagrada; entre os frutos, a maçã e a romã; entre as árvores, a murta; entre as aves, o cisne, o parcial e sobretudo o pombo. Sacrificam-lhe o bode, o varrão, a lebre, e raramente vítimas grandes.

Representação de Atenas
Representavam-na inteiramente nua ou seminua, jovem, bela, habitualmente sorridente, ora emergindo do seio das ondas, ereta, o pé sobre uma tartaruga, em uma concha, ou montada em um cavalo-marinho, com um cortejo de Tritões e de Nereidas, ora arrastada em um carro atrelado a dois pombos ou a dois cisnes.

Os espartanos representavam-na toda armada, em lembrança de suas esposas que haviam tomado as armas para defender a cidade.

O pintor Apeles representara em um admirável quadro o nascimento de Afrodite chamada Anadíômente, isto é, “que sai do mar”. Esse quadro foi consagrado à deusa pelo próprio Imperador Augusto, e ainda existia na época do poeta latino Ausone, que dele faz uma breve mas viva descrição.

Estátuas
Há um grande número de estátuas de Afrodite: as mais belas e as mais célebres são a Vênus de Medicis, que se acredita ser uma cópia de Afrodite de Cnide, executada por Praxíteles, a Vênus de Arle, a Venus de Milo, descoberta em Milo pelo Conde Marcellus, em 1820.

Em uma medalha da Imperatriz Faustina, vê-se a imagem de Vénus mãe: segura uma maçã com a mão direita, e com a esquerda uma criança envolta em cueiros. Em outra medalha da mesma imperatriz, vê-se a Vénus vitoriosa. Com suas carícias, a deusa se esforça em deter o deus Marte, que pane para a guerra.

Uma das mais curiosas estátuas dessa deusa, variação da Afrodite hermafrodita, era a Afrodite barbata. Estava em Roma; representava na sua parte superior um homem com cabeleira e barba abundantes, enquanto a parte inferior era de mulher. Essa singular estátua foi consagrada à deusa por ocasião de uma moléstia epidêmica, em conseqüência da qual as damas romanas perdiam os cabelos. A Afrodite atribuiu-se a cura.

Pinturas
Em muitos quadros modernos, essa divindade é representada sobre o seu carro, tirado por dois cisnes: usa uma coroa de rosas e uma cabeleira loira; nos olhos brilha a alegria, paira o sorriso nos lábios; em redor dela brincam dois pombos e uma grande quantidade de pequenos amores. O fato de ser a Deusa da Beleza e do Amor, faz com que seja representada sempre de forma delicada.

A sexta-feira (vendredi, em francês), dia da semana, era-lhe consagrada.

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