Duelo de titãs: o debate de Jordan Peterson com Slavoj Žižek sobre “felicidade: marxismo vs capitalismo”
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Duelo de titãs: o debate de Jordan Peterson com Slavoj Žižek sobre “felicidade: marxismo vs capitalismo”
Dois dos pensadores mais influentes de hoje, o canadiano Jordan Peterson e e o esloveno Slavoj Žižek, vão debater sobre se o melhor caminho para a “felicidade” é o capitalismo ou o marxismo. O debate — a 19 de abril — prevê-se quente, já que começou quando Žižek se terá referido a Peterson como um “inimigo” com ideias “pseudo-científicas”, num discurso proferido em Londres. Através das redes sociais, Jordan Peterson deu uma resposta sucinta: “Onde quiser, quando quiser, Sr. Žižek”.
Alguém levou o desafio a sério e quis desafiar os dois filósofos — Peterson mais conotado com um liberalismo clássico conservador e Žižek com o marxismo — a sentarem-se, frente a frente, e debaterem sobre qual é a melhor teoria política para as sociedades humanas, no sentido de se apurar qual é aquela que conduz a maior “felicidade”.
A empresa de eventos Live Nation reservou a arena do Sony Centre, em Toronto, a capital do país onde nasceu Jordan Peterson, um psicólogo clínico e professor universitário (com passagem por Harvard) que teve uma carreira obscura até ao momento em que começou a colocar as suas aulas de filosofia e psicologia no Youtube. Em poucos anos a sua popularidade disparou, sobretudo quando se envolveu num debate na sociedade canadiana sobre regras de discurso (sobre que pronomes se deviam usar para falar de transexuais), enchendo facilmente anfiteatros por todo o mundo com gente que o ouve falar sobre temas tão díspares como os perigos do comunismo até à importância de viver a vida com “verdade” e “significado”. Peterson é o autor do best seller “12 regras para a vida” e foi entrevistado pelo Observador, em Lisboa, em novembro.
Já Slavoj Žižek, que aceitou “jogar fora”, deslocando-se até Toronto, é um filósofo esloveno em torno do qual existe um culto que já dura há várias décadas. O professor da Universidade de Liubliana cresceu sob o regime de Tito, na antiga Jugoslávia, e ganhou popularidade no Ocidente depois do seu primeiro livro escrito em inglês, publicado em 1989: The Sublime Object of Ideology.
É, nas suas próprias palavras, um “marxista complicado” — Žižek já afirmou, porém, que não se revê em qualquer regime que o tenha aplicado, na prática, e critica a esquerda de hoje por se focar nas “políticas identitárias” em vez de concentrar os seus esforços na “luta de classes”. “A Humanidade é OK, mas 99% das pessoas são idiotas enfadonhos”, afirmou o filósofo esloveno num perfil que lhe foi feito pelo The Guardian em 2012.
Observador
Alguém levou o desafio a sério e quis desafiar os dois filósofos — Peterson mais conotado com um liberalismo clássico conservador e Žižek com o marxismo — a sentarem-se, frente a frente, e debaterem sobre qual é a melhor teoria política para as sociedades humanas, no sentido de se apurar qual é aquela que conduz a maior “felicidade”.
A empresa de eventos Live Nation reservou a arena do Sony Centre, em Toronto, a capital do país onde nasceu Jordan Peterson, um psicólogo clínico e professor universitário (com passagem por Harvard) que teve uma carreira obscura até ao momento em que começou a colocar as suas aulas de filosofia e psicologia no Youtube. Em poucos anos a sua popularidade disparou, sobretudo quando se envolveu num debate na sociedade canadiana sobre regras de discurso (sobre que pronomes se deviam usar para falar de transexuais), enchendo facilmente anfiteatros por todo o mundo com gente que o ouve falar sobre temas tão díspares como os perigos do comunismo até à importância de viver a vida com “verdade” e “significado”. Peterson é o autor do best seller “12 regras para a vida” e foi entrevistado pelo Observador, em Lisboa, em novembro.
Já Slavoj Žižek, que aceitou “jogar fora”, deslocando-se até Toronto, é um filósofo esloveno em torno do qual existe um culto que já dura há várias décadas. O professor da Universidade de Liubliana cresceu sob o regime de Tito, na antiga Jugoslávia, e ganhou popularidade no Ocidente depois do seu primeiro livro escrito em inglês, publicado em 1989: The Sublime Object of Ideology.
É, nas suas próprias palavras, um “marxista complicado” — Žižek já afirmou, porém, que não se revê em qualquer regime que o tenha aplicado, na prática, e critica a esquerda de hoje por se focar nas “políticas identitárias” em vez de concentrar os seus esforços na “luta de classes”. “A Humanidade é OK, mas 99% das pessoas são idiotas enfadonhos”, afirmou o filósofo esloveno num perfil que lhe foi feito pelo The Guardian em 2012.
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