Saúde infantil em Portugal situa-se abaixo da média europeia

A média geral de crianças de boa e muito boa saúde geral situa-se nos 90,2%, ligeiramente abaixo da média europeia de 95%. Apenas 1,1% das crianças portuguesas tem uma qualidade de saúde má ou muito má.
Em Portugal, a média geral de crianças de boa e muito boa saúde geral situa-se nos 90,2%. Apesar desta boa percentagem, as crianças portuguesas ocupam a última posição da média dos estados-membros da União Europeia que se situa nos 95%, revelam os dados recolhidos em 2017 pela Eurostat, esta terça feira.
A média europeia desta percentagem varia apenas ligeiramente por faixa etária: de 96,5% para menores de cinco anos, para 95,9% para os de cinco a nove anos e 95,2% para os de dez a quinze anos. A percentagem média de crianças cuja a saúde geral foi considerada má ou muito má foi abaixo de 1% para todas as faixas etárias.
Em Portugal, relativamente à percentagem de crianças com uma saúde mediana, os dados revelam que 8,7% dos menores portugueses encontra-se nesta condição, sendo que apenas 1,1% das crianças tem uma qualidade de saúde má ou muito má.
Relativamente às crianças com menos de cinco anos, a percentagem de crianças consideradas de boa ou de muito boa saúde variou de 92,4% na Estónia para mais de 99% na Bulgária, Malta, Roménia e Itália. Em Portugal, a percentagem de crianças nesta faixa etária com uma qualidade de saúde boa ou muito boa é de 93,3%.
Portugal apresentou os piores resultados na faixa etária de crianças entre os cinco e nove anos, situando-se abaixo da média com uma percentagem de 89,7%. A Roménia é quem regista uma percentagem mais alta, com 99,8%, seguindo-se do Chipre com 98,9%, a Itália situando-se nos 98,8% e Grécia com uma avaliação de 98,7%.
Entre aqueles com idade entre os dez e os quinze anos, a percentagem considerada em boa ou muito boa saúde variou entre menos de 90% na Letónia (88,0%), e na Estónia (89,6%) para mais de 98% na Roménia (99,1%), Itália (98,4%) e Bulgária (98,2%). Portugal insere-se no grupo dos valores mais baixos, com 88,7%.
Em quase todos os Estados-Membros, menos de 1% das crianças com menos de cinco anos têm limitações severas na actividade devido a problemas de saúde.
Em 2017, entre as crianças com menos de cinco anos, a percentagem de menores que sofre limitações severas na atividade devido a problemas de saúde foram inferiores a 1% em todos os Estados-Membros, excepto no Reino Unido que se situa ligeiramente acima (1,1%), na Bélgica (1,4%), Finlândia (1,5%) e Áustria (1,6%). Em Portugal registou-se uma percentagem de 0,6%.
Relativamente às limitações moderadas na atividade Portugal situou-se nos 4,6% enquanto que na UE notou-se uma maior oscilação nos valores, variando entre menos de 1% em Itália (0,2%), Chipre (0,6%), Malta (0,7%) e Bulgária (0,9%). Já com valores mais altos entra a Dinamarca com 4,9%, a Lituânia com 7,8% e a Letónia com uma avaliação de 8,6%.
Já no que toca aqueles com idade entre os dez e os quinze anos, as proporções com limitações severas na atividade variaram de 0,1% na Lituânia a 2,9% no Luxemburgo e 4,7% no Reino Unido. Portugal registou uma percentagem de 1%. Já relativamente às limitações moderadas, estas variaram entre 0,7% na Eslováquia e 0,8% em Itália e Chipre. Portugal insere-se no meio da lista com um valor de  4,8%. Com percentagens superiores a 10% temos a Dinamarca com 10,9%, 11,4% na Finlândia e a Letónia com 13,5%.