Portugal é dos países menos racistas da Europa
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Portugal é dos países menos racistas da Europa
Estudo europeu mostra um país com menor taxa de violência por racismo e onde a percentagem de mulheres no mercado de trabalho é das mais elevadas.
Portugal é dos países da Europa com os melhores índices de violência e trabalho sobre imigrantes e mulheres. Os dados do relatório da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA) mostram que Portugal tem a taxa mais baixa de violência e vitimização motivadas pelo racismo e é onde mais mulheres estão inseridas no mercado de trabalho.
O estudo "Being Black in the EU" ("Ser Negro na UE"), que tem por base quase seis mil imigrantes e descendentes de imigrantes africanos, envolveu 12 Estados-membros da União Europeia. As conclusões vão ser apresentadas esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Portugal lidera as listas com as menores taxas de violência e vitimização motivadas pelo racismo: 2%. No fim da tabela estão a Finlândia, que tem uma taxa de violência motivada pelo racismo de 14%, e a Áustria, com uma taxa de 11%.
O resultado nos dois países não é inesperado, tendo em conta a ascensão de movimentos populistas nas últimas eleições. O governo austríaco, apoiado pela extrema-direita, decidiu sair do Pacto Mundial para as Migrações da ONU no início de novembro.
Trabalho para todos
Portugal também lidera nos índices sobre a inclusão no mercado de trabalho. Entre os 12 Estados-membros estudados, o nosso país é o que tem a taxa de trabalho com rendimentos mais elevados (76%). Além disso, as mulheres portuguesas são as que estão mais inseridas no mercado de trabalho, já que 65% das mulheres trabalham.
Até os cidadãos não-nacionais que vivem em Portugal são dos que têm as melhores condições de trabalho. A taxa de trabalho remunerado para não-nacionais é de 77%, enquanto que a média dos restantes países é de 63%.
No entanto, não são só críticas positivas que o estudo da FRA faz a Portugal.
A agência europeia alerta para a necessidade de reforço do trabalho de desenvolvimento, já que 23% dos jovens portugueses não trabalham nem estudam, nem frequentam qualquer formação. E 21% dos inquiridos apontam que têm dificuldades em arranjar habitação.
Os outros 12 países inquiridos foram a Alemanha, Áustria, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e Suécia.
Alto Comissário para as Migrações saúda resultados
As conclusões do estudo da UE hoje divulgado revelam o sucesso das políticas de integração de Portugal, aponta o alto comissário para as migrações.
Em declarações à Renascença, Pedro Calado congratula-se com o facto de o país constituir uma exceção em relação a outros Estados-membros da UE, onde o crescimento dos populismos tem sido responsável por um aumento dos comportamentos racistas.
"Portugal aparece como o país em que, por exemplo, a taxa de assédio ou mesmo de violência por motivações racistas é a mais baixa, cerca de 2%, e no extremo oposto temos países onde 14% dessas mesmas pessoas respondem terem sido vítimas desse tipo de violência", destaca o responsável. "Portugal continua a pautar-se por um grande consenso político nestas matérias das migrações e das pessoas refugiadas, o que nos permite traçar essa linha de não aceitarmos que estes fenómenos [populistas e xenófobos] se instalem."
Portugal é dos países da Europa com os melhores índices de violência e trabalho sobre imigrantes e mulheres. Os dados do relatório da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA) mostram que Portugal tem a taxa mais baixa de violência e vitimização motivadas pelo racismo e é onde mais mulheres estão inseridas no mercado de trabalho.
O estudo "Being Black in the EU" ("Ser Negro na UE"), que tem por base quase seis mil imigrantes e descendentes de imigrantes africanos, envolveu 12 Estados-membros da União Europeia. As conclusões vão ser apresentadas esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Portugal lidera as listas com as menores taxas de violência e vitimização motivadas pelo racismo: 2%. No fim da tabela estão a Finlândia, que tem uma taxa de violência motivada pelo racismo de 14%, e a Áustria, com uma taxa de 11%.
O resultado nos dois países não é inesperado, tendo em conta a ascensão de movimentos populistas nas últimas eleições. O governo austríaco, apoiado pela extrema-direita, decidiu sair do Pacto Mundial para as Migrações da ONU no início de novembro.
Trabalho para todos
Portugal também lidera nos índices sobre a inclusão no mercado de trabalho. Entre os 12 Estados-membros estudados, o nosso país é o que tem a taxa de trabalho com rendimentos mais elevados (76%). Além disso, as mulheres portuguesas são as que estão mais inseridas no mercado de trabalho, já que 65% das mulheres trabalham.
Até os cidadãos não-nacionais que vivem em Portugal são dos que têm as melhores condições de trabalho. A taxa de trabalho remunerado para não-nacionais é de 77%, enquanto que a média dos restantes países é de 63%.
No entanto, não são só críticas positivas que o estudo da FRA faz a Portugal.
A agência europeia alerta para a necessidade de reforço do trabalho de desenvolvimento, já que 23% dos jovens portugueses não trabalham nem estudam, nem frequentam qualquer formação. E 21% dos inquiridos apontam que têm dificuldades em arranjar habitação.
Os outros 12 países inquiridos foram a Alemanha, Áustria, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e Suécia.
Alto Comissário para as Migrações saúda resultados
As conclusões do estudo da UE hoje divulgado revelam o sucesso das políticas de integração de Portugal, aponta o alto comissário para as migrações.
Em declarações à Renascença, Pedro Calado congratula-se com o facto de o país constituir uma exceção em relação a outros Estados-membros da UE, onde o crescimento dos populismos tem sido responsável por um aumento dos comportamentos racistas.
"Portugal aparece como o país em que, por exemplo, a taxa de assédio ou mesmo de violência por motivações racistas é a mais baixa, cerca de 2%, e no extremo oposto temos países onde 14% dessas mesmas pessoas respondem terem sido vítimas desse tipo de violência", destaca o responsável. "Portugal continua a pautar-se por um grande consenso político nestas matérias das migrações e das pessoas refugiadas, o que nos permite traçar essa linha de não aceitarmos que estes fenómenos [populistas e xenófobos] se instalem."
Cmlobinho- Muito bom
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