A morte de um animal de estimação é igual à perda de um elemento da família
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A morte de um animal de estimação é igual à perda de um elemento da família
As normas sociais é que destroem o luto. Não lhe dão importância e minimizam o sofrimento provocado pela quebra da relação afetiva entre animal e pessoa
A morte de um animal de estimação leva a um processo de luto idêntico à perda de um familiar. Passa-se por um processo de raiva, desespero, não aceitação da morte que, com o tempo, vai-se amenizando até à superação.
No entanto, os mecanismos sociais de apoio são diferentes. “A sociedade não dá tempo para o luto de um animal de estimação”, diz à VISÃO Tânia Dinis, psicoterapeuta que já recebeu várias pessoas em processo de luto pelos seis animais.
Nos locais de trabalho, “há uma solidariedade imediata se alguém diz que o pai ou a mãe está doente, mas se alguém diz que teve de reorganizar a vida nos últimos dois meses porque o cão está doente a reação é totalmente diferente”, nota. Quem valoriza os animais de estimação compreende a situação, mas quem não tem a mesma vivência demonstra “uma grande incompreensão da importância que tem aquela relação afetiva”.
As palavras, para quem está de luto, podem ter um cunho ainda mais destrutivo. “Era só um cão” ou “era só o teu gato” passam a querer dizer que aquela dor é ridícula e os donos dos animais resguardam-se no silêncio para não serem gozados.
“Não é ridículo. Dói, claro que dói, é um membro da família com quem se tem um cuidado diário e uma laço muito forte”, explica Ana Paula Almeida, psicóloga que já acompanhou casos de luto de animais e ela própria vivenciou três.
Se, quem perde o seu bicho, idealizar que do outro lado não vai haver nenhum grau de compreensão para a sua dor, a tendência será para se isolar e isso levar a situações mais complicadas. A morte de um animal pode influenciar a saúde física e emocional dos donos. “Se não existir ajuda à volta pode desenvolver um luto patológico e ficar deprimida”, diz Tânia Dinis.
Ter um animal implica uma rotina, como levantar mais cedo para ir passear, no caso de um cão ou dar a comida a determinadas horas. Quando essa rotina se quebra de um momento para o outro há que reorganizar a vida.
Para muitas pessoas, o animal é a sua companhia, e, “às vezes é a única”, reconhece Tânia Dinis. Há falta de entendimento de que “o processo de luto por ser idêntico à perda de uma pessoa. Ninguém diz ‘é só um irmão’ ou ‘é só um primo’”, acrescenta.
Um estudo publicado na revista Science, em 2015, revelou que quando as pessoas olhavam nos olhos de um cão, tanto a pessoa quanto o cão aumentavam os níveis ocitocina. A ocitocina, tantas vezes chamada de hormona do amor, regula as interações sociais. É libertada quando olhamos nos olhos uns dos outros ou quando os pais olham para os filhos recém-nascidos.
Quando morre um animal de estimação não se pede tempo no trabalho. “Ninguém vai dizer ao chefe ‘hoje de manhã eutanasiei o meu cão e não estou em condições de trabalhar’ porque isso não é bem visto”, conta Ana Paula Almeida. Do outro lado a tendência será para pensar que aquela pessoa é imatura ou emocionalmente fraca.
A morte de um animal de estimação leva a um processo de luto idêntico à perda de um familiar. Passa-se por um processo de raiva, desespero, não aceitação da morte que, com o tempo, vai-se amenizando até à superação.
No entanto, os mecanismos sociais de apoio são diferentes. “A sociedade não dá tempo para o luto de um animal de estimação”, diz à VISÃO Tânia Dinis, psicoterapeuta que já recebeu várias pessoas em processo de luto pelos seis animais.
Nos locais de trabalho, “há uma solidariedade imediata se alguém diz que o pai ou a mãe está doente, mas se alguém diz que teve de reorganizar a vida nos últimos dois meses porque o cão está doente a reação é totalmente diferente”, nota. Quem valoriza os animais de estimação compreende a situação, mas quem não tem a mesma vivência demonstra “uma grande incompreensão da importância que tem aquela relação afetiva”.
As palavras, para quem está de luto, podem ter um cunho ainda mais destrutivo. “Era só um cão” ou “era só o teu gato” passam a querer dizer que aquela dor é ridícula e os donos dos animais resguardam-se no silêncio para não serem gozados.
“Não é ridículo. Dói, claro que dói, é um membro da família com quem se tem um cuidado diário e uma laço muito forte”, explica Ana Paula Almeida, psicóloga que já acompanhou casos de luto de animais e ela própria vivenciou três.
Se, quem perde o seu bicho, idealizar que do outro lado não vai haver nenhum grau de compreensão para a sua dor, a tendência será para se isolar e isso levar a situações mais complicadas. A morte de um animal pode influenciar a saúde física e emocional dos donos. “Se não existir ajuda à volta pode desenvolver um luto patológico e ficar deprimida”, diz Tânia Dinis.
Ter um animal implica uma rotina, como levantar mais cedo para ir passear, no caso de um cão ou dar a comida a determinadas horas. Quando essa rotina se quebra de um momento para o outro há que reorganizar a vida.
Para muitas pessoas, o animal é a sua companhia, e, “às vezes é a única”, reconhece Tânia Dinis. Há falta de entendimento de que “o processo de luto por ser idêntico à perda de uma pessoa. Ninguém diz ‘é só um irmão’ ou ‘é só um primo’”, acrescenta.
Um estudo publicado na revista Science, em 2015, revelou que quando as pessoas olhavam nos olhos de um cão, tanto a pessoa quanto o cão aumentavam os níveis ocitocina. A ocitocina, tantas vezes chamada de hormona do amor, regula as interações sociais. É libertada quando olhamos nos olhos uns dos outros ou quando os pais olham para os filhos recém-nascidos.
Quando morre um animal de estimação não se pede tempo no trabalho. “Ninguém vai dizer ao chefe ‘hoje de manhã eutanasiei o meu cão e não estou em condições de trabalhar’ porque isso não é bem visto”, conta Ana Paula Almeida. Do outro lado a tendência será para pensar que aquela pessoa é imatura ou emocionalmente fraca.
Barão Vermelho- Simply the best
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Re: A morte de um animal de estimação é igual à perda de um elemento da família
Depende... ha membros da minha família que se morrerem eu vou fazer uma festa... já ao meu animal de estimação vai ser complicado quando falecer porque esta na família ha muitos anos....
Billy the Kid- Admin
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Re: A morte de um animal de estimação é igual à perda de um elemento da família
Sem dúvida que tenho mais amor pelo meu pincher que por muitos membros da minha família que sinceramente já devem anos à terra! Agora irei sofrer e chorar e irei o recordar sempre, ainda me lembro do meu primeiro rafeiro que o encontrei na rua e já morreu a uns 12 anos e lembro e sinto saudades até, mas o luto ser igual ao de um familiar não sou muito de acordo... E nem acho que a humanização dos animais seja benéfica para a pessoa, devem ser amados, cuidados, respeitados, mas não podemos meter ao mesmo nível a vida de uma pessoa e de um animal e adoro animais.
Jorge Miguel- Simply the best
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Localização : Águeda
Re: A morte de um animal de estimação é igual à perda de um elemento da família
Só Acrescento que a Morte não tem que ser algo traumático. Sentir saudade, nostalgia sim..
Dou um exemplo do dia de hoje. Tenho vários cães (como qualquer caçador), um dos quais com 17 anos, já sem dentes em que temos que triturar a comida para lhe dar. Mas o animal está feliz e sem sofrimento (quem os conhece consegue ver isso), mas no dia em que passar a ser sofrimento apenas eu mesmo terminarei com isso.
É possivel ter o mesmo amor por um animal do que por um familiar...claro que sim. Mas quando um animal morre aos 17 ou 18 e vemos que lhe demos uma vida fantástica, passou os seu genes à geração seguinte... porque tem que ser um momento triste??
Isto é uma critica à nossa cultura. Pois há momentos em que a morte não tem que ser triste a meu ver.
De Resto sim. A dor da morte de um companheiro de 4 patas pode ser tão dolorosa como a perca de um de duas patas (somos animais iguais).
Dou um exemplo do dia de hoje. Tenho vários cães (como qualquer caçador), um dos quais com 17 anos, já sem dentes em que temos que triturar a comida para lhe dar. Mas o animal está feliz e sem sofrimento (quem os conhece consegue ver isso), mas no dia em que passar a ser sofrimento apenas eu mesmo terminarei com isso.
É possivel ter o mesmo amor por um animal do que por um familiar...claro que sim. Mas quando um animal morre aos 17 ou 18 e vemos que lhe demos uma vida fantástica, passou os seu genes à geração seguinte... porque tem que ser um momento triste??
Isto é uma critica à nossa cultura. Pois há momentos em que a morte não tem que ser triste a meu ver.
De Resto sim. A dor da morte de um companheiro de 4 patas pode ser tão dolorosa como a perca de um de duas patas (somos animais iguais).
goncalo.j.f.marques- Simply the best
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Data de inscrição : 18/01/2019
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Re: A morte de um animal de estimação é igual à perda de um elemento da família
Também o amor deles é superior e muito mais sincero que muitos elementos da família sentem por mim...
RPEREIRA- Médio
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