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Secretário de Estado nomeou primo. Relação familiar provoca primeira demissão no Governo

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Secretário de Estado nomeou primo. Relação familiar provoca primeira demissão no Governo Empty Secretário de Estado nomeou primo. Relação familiar provoca primeira demissão no Governo

Mensagem por Raquel Machado Qua Abr 03, 2019 5:26 pm

As relações familiares provocaram a primeira demissão nos gabinetes do Governo de António Costa. O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, nomeou o primo, Armindo dos Santos Alves, para adjunto do seu gabinete em setembro de 2016. Depois de confrontado pelo Observador com a relação familiar, o ministério do Ambiente discutiu o assunto e o primo do governante acabou afastado. Fonte oficial do Ministério destacou ao Observador que “o ministro do Ambiente não sabia da existência desta relação familiar” e que, depois de analisada a situação, “o adjunto Armindo Alves apresentou hoje a sua demissão“.

António Costa tinha definido bem uma bitola ética do que não era aceitável: o que não podia existir mesmo era o caso de um governante nomear diretamente um familiar. No sábado passado, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, António Costa desvalorizou as contas feitas ao número de socialistas com relações familiares no Governo e nos gabinetes ministeriais, dizendo que isso, por si só, não era motivo para deixar de nomear alguém. “Não posso aceitar esse critério de que alguém só porque é familiar mais próximo ou remoto de um membro do Governo ou militante do PS (…) que isso signifique incapacidade para o exercício de uma função num gabinete”. Mas nessa mesma entrevista, António Costa definiu uma linha vermelha para esta nomeações: Só existiria “uma questão ética se alguém nomeasse um familiar seu”.
O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, terá sido apanhado de surpresa. Entre o secretário de Estado, Carlos Martins, e o adjunto, Armindo Alves, caiu o elemento mais fraco. Apesar de o secretário de Estado já ter — no momento da nomeação — conhecimento que a pessoa que nomeou era seu primo, neste caso a solução foi afastar o familiar do governante.


As questões familiares têm levado a polémica no Governo, mas também têm sido desvalorizados pelos responsáveis socialistas. Desta vez, levou mesmo à primeira baixa nos gabinetes ministeriais. O primo do governante — que foi nomeado em setembro de 2016 e renomeado em novembro de 2018 pelo primo secretário de Estado — vai agora voltar ao seu lugar de origem nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Loures.

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